Estudo
do Apocalipse de São João
Elaborado por: Arry
White P.O. Box 485 Farmerville, LA 71245, U.S.A.
Traduzido para português-brasileiro por Elmando
Valeriano de Toledo.
INTRODUÇÃO:
Como se trata de um estudo longo o dividiremos em 04 postagens de 04 Capítulos:
************************
1 – Antes de
iniciar este estudo tenha em mãos sua Bíblia que seja autorizada pela Igreja
Católica.
Porque isso é
importante?
Porque as Bíblias
evangélicas ou protestantes a) contém erros muitos de tradução que não conferem
com os originais grego e hebraico, muitos deles propositadamente com linguagem
suspeita. Portanto, não passa credibilidade tanto no assunto de fé quanto dos
fatos históricos em si. (b) A Bíblia católica é completa e seu compêndio é 76
livros. A Bíblia protestante possui 7 livros a menos.
2 – Deve-se levar
em consideração que como todos os livros da Sagrada Escritura formam escritos
em épocas diferentes para um determinado povo. Possui linguagem simbólica que não deve ser interpretada ao pé da letra
como acreditam alguns radicais religiosos e as seitas. O Apocalipse é um livro
de fácil compreensão se estudado da forma correta sem nenhum fanatismo.
Muitas
interpretações errôneas deste livro já aconteceram tentando explica-lo mas
desviando o foco da mensagem principal do Livro que é simplesmente a consolação
de Deus aos cristãos perseguidos e a esperança da promessa.
3 – O Apocalipse
é um livro profético, com linguagem característica a até exagerada de vários
sinais e elementos. Muitas das profecias já cumpriram ainda nos primeiros
séculos da era cristã. Outras estão acontecendo e outras ainda vão acontecer.
CAPÍTULO I
Quem era João?
João era filho de
Zebedeu e provavelmente de Salomé (Marcos 1:19; 16:1,2; Mateus 27:56). Seu
irmão, Tiago, também pertenceu ao grupo dos doze discípulos de Jesus.
Possivelmente Tiago era mais velho do que João, visto que ele sempre é citado
primeiro (Mt 10:2-4).
O apóstolo João
era pescador de profissão. Seu pai foi um homem próspero no ramo da pesca, pois
tinha alguns empregados (Mc1:20).
A tradição cristã
diz que Salomé era irmã de Maria, mãe de Jesus (cf. Mt 27:56; Jo 19:25). Jesus
Cristo e João eram primos. João era discípulo de João Batista (Jo 1:35-37). Teve
seu primeiro encontro com Jesus, e depois de um pequeno intervalo de tempo, se
tornou um de seus discípulos (Mc 1:16ss; Lc 5:10).
É
chamado no Evangelho de “o discípulo
amado”. Aquele em que Jesus depositava seu amor e confiança. Ele, assim
como Maria a mãe de Jesus, foi fiel até
a cruz.
João
foi o único que o evangelho descreve que estava junto à cruz ao lado de Maria.
É ele que recebeu a missão de cuidar da Mãe de Jesus. Ao olhar para discípulo
amado (João) disse: “filho eis ai tua mãe!” (Jo19, 26-27) e
então João a partir daquele momento a acolheu em sua casa.
Com
essas palavras Jesus atesta não sua total confiança em João para cuidar daquela
que o gerou mas, também após a ascensão confia a João a visão das coisas
divinas que chamamos de Apocalipse. Durante o reinado do imperador romano
Domiciano (81-96 d.C.), o apóstolo João foi exilado na Ilha de Patmos onde
ele recebeu as divinas revelações registradas no livro do Apocalipse.
Com a ascensão do imperador Marco Nerva em Roma
(96-98 d.C.), o apóstolo João foi liberado para retornar a Éfeso. Nessa época
provavelmente ela já tinha cerca de 90 anos de idade. A tradição afirma que o
apóstolo João morreu durante o começo do governo de Trajano, isto é, depois de
98 d.C., com idade bastante avançada.
Quem escreveu o Livro do Apocalipse e onde foi
escrito?
O
Livro do Apocalipse foi escrito entre 90 e 100 d.C. pelo Apóstolo João e compõe
o último livro da Bíblia. Alguns estudiosos defendem o ano de 95 d.C.
A
palavra Apocalipse vem do grego αποκάλυψις, apokálypsise,
significa revelação. É a junção de “apo”, tirar de, + “kalumna”, véu =
Revelação, desvelar, tirar o véu, mostrar algo como em uma fotografia.
Por
isso, esse livro é cheio de figuras ou imagens simbólicas a nós reveladas.
O
autor do Apocalipse foi o Apóstolo João como ele mesmo se apresenta.
João
estava exilado na Ilha de Patmos quando, segundo ele recebeu de Jesus as visões
que ele escreveu.
O
caráter ou gênero literário de João foi inspirado no gênero literário do Antigo
Testamento, dos quais ele tirou várias figuras.
A
linguagem apocalíptica era muito utilizada
pelos judeus após o exílio da Babilônia.
Antes
a linguagem ou mensagem de Deus para o povo de Israel era feita pelos Profetas
– o último do AT foi Malaquias. Depois do retorno do
cativeiro não houve mais Profeta em Israel, já que João Batista já é
considerado profeta do NT e precursor do Salvador.
O
Apóstolo João não utilizou nada de novo, apenas transferiu a forma apocalíptica
linguagem que era muito usada pelos
judeus (compare: Livro de Daniel) após o exílio da Babilônia.
O
número 7 que na Sagrada Escritura significa a totalidade da perfeição divina
vai aparecer em seu livro para nos dizer que o que diz, ele cumpre em sua
totalidade. Pois, Ele é o princípio, meio e fim. É o Alfa e o Ômega.
Assim,
sete igrejas, sete espíritos, sete anjos, sete candelabros, sete selos,
trombetas, sete taças, etc. Para simbolizar a plenitude total de Deus no
cumprimento das suas promessas.
E
qual é essa promessa já que o livro fala de muitos acontecimentos desastrosos?
O
cumprimento da promessa em Jesus Ressuscitado, à vitória do bem sobre o mal. O
fim da morte, da fome, da miséria. A Igreja vencerá e Deus será o tudo em todos
restaurando a toda criação através de seu Filho Jesus. Por isso Jesus veio nos
salvar primeiro para que quando esse dia chegar seja merecedores de beber da
Água da Vida.
João
nos revela por Jesus as realidades celestes, antecipa, por assim dizer e nos
mostra que o Céu é uma certeza e que nossos predecessores, os santos, já gozam
dessa realidade.
O
Apocalipse é ou não uma consolação para nós? Foi para aqueles cristãos
perseguidos, oprimidos pelo poder do império Romano e hoje também nos mostra
que Deus não nos fecha os olhos, ele está conosco junto com Jesus e o Espírito
Santo.
João
escreve o que viu por parte de Jesus Ressuscitado. Mas escreve de maneira com
que seus escritos não fossem compreendidos pelos romanos, pois, se usasse uma
linguagem comum sua mensagem não chegaria às pessoas com quais fossem depositárias
de sua mensagem.
Apesar
de muita gente achar que esse livro causa pavor por causa da linguagem e das
figuras nele apresentadas, o Livro do Apocalipse é um livro de conforto
espiritual para aqueles cristãos que eram perseguidos por causa de Jesus.
João
recebe a mensagem de consolação do próprio Cristo e passa essa mensagem aos
seus irmãos.
Grande
parte das profecias do Apocalipse (que é um livro profético) já se cumpriu.
Outra parte está se cumprindo e se cumprirá no final com a Parusia. Isto é, quando
Jesus voltar pela segunda vez.
Uma
coisa que temos que observar é o cuidado com a interpretação dos livros da
Sagrada Escritura ao pé da letra, sobretudo o Apocalipse.
Embora
ele pareça difícil de compreender não é. Ele mesmo se explica; é só ficar
atento às figuras e aos textos. Porém para os desavisados e os que não estudam
e costumam toma-lo ao pé da letra muitas heresias foi dito, escrito e
proclamado como verdade, o que deu origem às seitas apocalípticas.
Qual
o propósito desse livro?
Seu
propósito é consolar os cristãos, sobretudo os dos primeiros séculos
perseguidos pelo poder de Roma.
Mostrar
que Jesus está vivo e caminha com sua Igreja e que o mal, o demônio e suas
forças neste mundo não vencerá a Igreja e que no fim de tudo pelo poder de
Jesus Cristo vencerá.
Encorajar
os cristãos perseguidos. De forma a consolá-los nos momentos de aflição.
Mostrar
a vitória de Jesus e da Igreja sobre o diabo e suas forças e no fim dos tempos
a justiça de Deus prevalecerá ele restaurará, com Jesus Cristo e em Jesus
Cristo pelo Espírito Santo todas as coisas.
O Apocalipse
revela a vitória de Cristo e o Cristão fiel sobre perseguição, a religião
falsa, a mundanidade e o instigador de todos estes problemas: Satanás
mesmo.
Assim que, o
propósito do livro é animar as igrejas em sua luta contra as forças de maldade,
simbolizadas no livro pela besta, o falso profeta, a grande rameira e o dragão.
A grande Prostituta – a cidade de
Roma e o culto aos deuses pagãos, antes de se tornar cristã. Está relacionada
com a besta.
A besta do mar - Era o império romano, o poder
civil de Roma, especialmente o poder investido no próprio imperador em sua capacidade
de perseguidor da igreja. Estava relacionada intimamente com a rameira ou seja
a cidade de Roma.
A besta da terra – falso o profeta. A besta da terra está intimamente relacionada com
a besta do mar. (Ap 19:20; 12:11-15). - A autoridade do falso profeta provém do
imperador de Roma.
Os seus ensinos
estão apoiados pelo Estado romano e todo o poder do seu exército promove a
adoração da besta (os deuses pagãos) e faz que a terra e seus moradores adorem
a 1ª besta (Ap.13, a adoração do imperador romano. É a diretiva da religião
falsa de Roma.)
A Grande Prostituta
– A
cidade de Roma.
A Besta do Mar – O império romano
(Imperador)
A Besta da Terra
– O
falso profeta – religião falsa – (a religião pagã de Roma antes de se tornar
cristã.).
1ª Lição. 1
1ª LIÇÃO SOBRE O
APOCALIPSE
INTRODUÇÃO:
O CONTEXTO
HISTÓRICO
1. Augusto - O
primeiro imperador romano --------- 30 A.C. – 14 D.C.
2. A igreja
estabelecida em Jerusalém ----------------- 29 ou 33 D.C.
3. A história
relatada em Atos ---------------------------- 29 a 62 D.C.
4. Perseguição
aberta pelos judeus ---------------------- 29 a 69 D.C.
5. Conflitos
doutrinais sobre a lei mosaica ------------ 29 - 69 D.C.
Cartas inspiradas
escritas para defender a verdade: Hebreus, Romanos e Gálatas.
6. A destruição de
Jerusalém pelos ---------------------70 D.C. Romanos em cumprimento da
profecia de Mateus 24.
7. A evangelização
entre os gentios, -------------------- 45 - 65 D.C.
Especialmente por
Paulo. Inclui áreas da Ásia, Galácia, Macedônia. Cartas inspiradas escritas
para instruir e animar as novas congregações: Efésios, Colossenses,
Tessalonicenses.
8. A perseguição dos
cristãos em Roma pelo imperador romano Nero (I Pedro?). --- 65 - 68 D.C.
9. Conflitos
doutrinais, especialmente sobre ---------
60 - 1000 D.C. filosofia como o
gnosticismo. Cartas inspiradas: Pedro, João e Judas, escritas para
defender a verdade.
10. A perseguição da
igreja em escala universal -------81 - 96 d. C. mas, concentrada na Ásia
onde havia concentração de cristãos junto com os pagãos dedicados à adoração do
imperador: o imperador Domiciano. O APOCALIPSE revelado para animar
as igrejas na sua luta contra as forças da maldade.
RESUMO DO
PRIMEIRO SÉCULO
1ª Lição. 2
Estamos a começar
o nosso estudo de um dos livros menos entendidos em toda a Bíblia. O livro do
Apocalipse foi objeto de negligência por muitos que o consideram impossível de
entender. Foi abusado por outros que o quiseram usar como base para provar as
suas próprias filosofias sobre a história do mundo e especialmente
acontecimentos modernos e futuros. E tudo isto resultou num grande prejuízo
para o povo do Senhor, pois o livro contém uma mensagem de muita importância
para todas as idades: A Vitória de Cristo e do cristão fiel.
Para começar este
estudo vamos considerar um breve resumo do primeiro século, especialmente em
relação aos diferentes livros do Novo Testamento para ver como este último dos
livros inspirado pelo Espírito santo, cabe no propósito de Deus.
Uns 27 anos antes
do nascimento de Cristo Jesus, César Augusto chegou a ser imperador do imenso
império mundial de Roma. Este homem foi o primeiro verdadeiro Imperador
romano.
Adentro do
território sob o seu mando, caiu a terra mais importante na Bíblia, conhecida
como Palestina. Dentro de poucos anos numa povoação muito pequena chamada
Belém, nasceu o Filho de Deus e começou um movimento que sacudiu o império romano
e todo o mundo e que continua ainda depois da derrota completa desta potência
mundial de Roma, quase quinhentos anos mais tarde.
No ano 14 depois
do nascimento de Jesus Cristo, o império romano passou às mãos de Tibério e foi
durante o seu reinado que começou outro reino destinado a empenhar uma grande
luta contra Roma e a ser vitorioso sobre ela. Em Jerusalém, durante uma festa
dos judeus, a festa de Pentecostes, o Espírito Santo de Deus foi derramado
sobre os homens e o evangelho do Filho de Deus foi proclamado pelo apóstolo
Pedro e a igreja de Cristo, o reino eterno de Deus foi estabelecido (Atos 2).
Durante os
próximos trinta anos (até ao ano 62) a história deste reino divino, se encontra
descrita no livro dos Atos. Durante este tempo a igreja padeceu muita
perseguição às mãos dos judeus que, por motivos religiosos e egoístas queriam
acabar com esta religião “herege”, segundo eles. Durante o mesmo período de
tempo (do ano 29 ao ano 69 depois de Jesus Cristo) houve uma série de conflitos
doutrinais sobre a obrigação de guardar a lei mosaica na igreja. Estes esforços
por falsos mestres, de ministrar o evangelho com a lei antiga, foram frustrados
por meio da pregação dos apóstolos e várias cartas do Novo Testamento foram
escritas durante este período para defender a verdade sobre este assunto como,
por exemplo, Gálatas e Hebreus.
LIÇÃO 3.
No ano 70, Deus
ajudou em forma dramática, a esclarecer que a adoração e a vida da igreja não
dependiam da religião judaica e especialmente não de Jerusalém, a cidade santa
dos judeus, nem do templo. Em cumprimento da profecia de Cristo Jesus, em
Mateus 24, o Senhor mandou o general romano Tito (embora Tito não soubesse que
Deus o estava usando para cumprir com o Seu propósito) a destruir a cidade de Jerusalém.
Este acontecimento
serviu para romper de uma vez por todas a suposta dependência do cristianismo
sobre a religião mosaica, centrada no templo de Jerusalém. Este problema já não
voltou a molestar a igreja durante o primeiro século. As cartas escritas no
Novo Testamento contra este ensino falso servem como defesa perpétua para a
igreja, quantas vezes alguém quer impor a lei antiga no povo que vive sob o
novo pacto.
Uns vinte e cinco
anos atrás, aproximadamente no ano 45, Saulo de Tarso tinha sido convertido ao
Senhor. Este perseguidor da igreja foi chamado a ser o apóstolo de Cristo aos
gentios (ou seja, a todos que não eram judeus). E durante os anos 45 - 65 Paulo
encabeçou a evangelização dos gentios em todo o mundo conhecido, ou seja o
império romano, incluindo áreas como Ásia, Galácia e Macedônia em suas viagens
de evangelização. Durante o mesmo período ele foi inspirado pelo Espírito Santo
a escrever cartas para instruir e animar as novas congregações. Depois do livro
de Atos, a maior parte dos livros no nosso Novo Testamento, corresponde a este
esforço, por iniciativa do Espírito Santo, de confirmar e edificar a fé dos
novos cristãos em todo o império romano.
Ao final da vida
de Paulo, a perseguição pelos judeus tinha diminuído e os problemas doutrinais
com eles se tinham resolvido. Mas neste tempo outro inimigo da igreja levantou
a sua cabeça contra o reino de Cristo como um monstro do mar, feroz e sem
compaixão. O imperador Nero começou a
perseguir os cristãos. Essa foi a primeira perseguição.
É provável que a
primeira carta do apóstolo Pedro se refira a esta perseguição que durou do ano
65 aos 68 quando Nero morreu.
Nesse tempo tinha
terminado o conflito doutrinal sobre a lei de Moisés, mas as filosofias pagãs
começaram a infiltrar-se nos pensamentos dos cristãos e eles chegaram a ser o
grande problema doutrinal durante o resto do primeiro século. As cartas de
Pedro, João e Judas foram escritas pela inspiração do Espírito Santo para
defender a verdade contra essas filosofias como o gnosticismo.
LIÇÃO 4
Como pode apreciar
os livros do Novo Testamento, não são simplesmente dissertações doutrinais e
morais por teólogos. São a resposta divina a problemas que afrontavam a igreja
daquela época.
Conforme iam
surgindo os problemas e as ideias falsas, o Espírito Santo ia dando a mensagem
adequada para resolver os problemas ou defender a verdade. Todas estas
mensagens têm um significado muito importante também para o mundo moderno, mas
antes de fazer a aplicação moderna é necessário entendê-las no seu contexto
histórico. É necessário ter em mente a razão por que o Espírito o revelou e a
quem. A Bíblia é aplicável à vida humana em toda a época; mas, para saber qual
é a verdadeira aplicação, é necessário entender o seu motivo e argumento
original.
Este é o caso com
o livro do Apocalipse também. Depois da morte de Nero no ano 68, a igreja não
voltou a padecer séria perseguição da parte do império romano por vários anos.
Mas no ano 81 d.C. chegou ao trono Domiciano. Ele, mais que qualquer outro imperador
romano, queria aproveitar-se da crença na divindade do imperador. O culto
romano da adoração do imperador tinha começado com Augusto, mas a maior parte
dos imperadores não tinha insistido nela. Mas, Domiciano a exigiu e se
organizou o culto em todo o império. Não adorar o imperador se considerava como
rebelião contra o império mesmo. Mas para o cristão, se tornou um problema
sério. Os cristãos sabiam que só há um Deus e que somente Jesus é o Senhor.
Adorar o imperador e confessá-lo como o Senhor e seria infidelidade a Jesus
Cristo e idolatria. Então eles preferiam morrer a se curvar diante do imperador
e adorá-lo como um Deus. Por isso eram perseguidos e quando obrigados não
negavam sua fé em Jesus Cristo. Eram torturados de várias formas ou jogados
para as feras comerem.
Vários foram os
homens e mulheres que foram martirizadas por não adorarem o Imperador.
“A
Igreja possui no catálogo vários registros
desses heróis que por uma razão ou outra não se sujeitaram à vida pagã, ao
pecado e à idolatria. Como exemplo podemos citar: Os 12 Santos Apóstolos, Sto.
Estêvão, Sta. Lucina, Sta. Luzia, Sta. Ágata,
Sta. Inês, Sta. Bárbara, Sta. Cecília, S. Sebastião, Stos. Cosme e Damião, S.
Jorge, Sta. Filomena, Sta. Catarina de Alexandria, Sta. Apolônia, e tantos
outros até os nossos dias. Mas, esses são apenas alguns que a Igreja conseguiu
registrar existem muito mais e como dizia Tertuliano “o sangue dos mártires é
semente de cristãos”. Lembremos que quanto mais o Império Romano tentava
destruir os cristãos, muito mais cristãos novos surgiam e assim acontece
Porém,
a santidade independe de conter ou não o nome da pessoa em um livro (terreno) o
que o Papa faz é reconhecer naquela pessoa eleita as virtudes heroicas que ela
viveu. Quando a Igreja reconhece a santidade de uma pessoa e registrado seu
nome no Catálogo dos Santos é porque
Deus já havia reconhecido e escreveu o nome dele(a) no Livro da Vida. Jesus
pede “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito”. (Cf. Mt5, 48) e outra
tradução: “Sede santos, como vosso pai celeste é santo” .
Ser
santo é algo indispensável ao cristão, pois o cristão é a persona Christi ou
pessoa de Cristo. Ele age e vive segundo Jesus Cristo. Tudo suporta por amor a
Jesus Cristo. Dessa maneira aquele (a) que vive segundo Jesus Cristo e pratica
a sua palavra tem o seu nome escrito no livro da vida e não ficará envergonhado
e será vitorioso junto com o Cordeiro.
Os
Mártires foram chamados a testemunhar o seu amor e a sua fidelidade ao
Evangelho e responderam com seu testemunho corajoso e foram fiéis até a morte.
Como está escrito: “Sê fiel até a morte e eu te darei a coroa da vida!” Apoc2,
10. Sê fiel esse é o convite do Senhor Jesus. Sê fiel a Jesus em casa, no
trabalho, na escola, no lazer, na igreja... sê fiel. Esse gesto não ficará sem
resposta. Pois, ser santo não é tarefa difícil mas, é antes de tudo seguir os
passos do mestre sem hesitar, com amor e coragem. Sem medo lutar por um mundo
melhor. Fazer o reino de Deus acontecer desde já aqui é tarefa de cada cristão.
Pois a santidade começa aqui e se conclui na Eternidade..
De Elmando
Toledo
Foi assim que
começou a perseguição contra a igreja na escala universal e concentrada na Ásia
onde havia concentrações de cristãos. Durante os anos de Domiciano (81 - 96
depois de Jesus Cristo) a pressão sobre a igreja foi tremenda. Além da grande
tentação em toda a época, de conformar-se à maneira de viver das pessoas do
mundo, sumamente pecaminosa naqueles dias, os cristãos nos últimos vinte anos
do primeiro século, enfrentaram o problema da exigência do governo romano sobre
a participação na religião falsa e a perseguição moral, econômica e física que
lhes sobreveio quando recusaram negar a sua fé para agradar e adorar o
imperador romano.
LIÇÃO 5.
A mensagem do
livro do Apocalipse foi revelada e escrita para animar as igrejas de Cristo na
sua luta contra as forças da maldade.
No livro do
Apocalipse, esta luta e a vitória final de Cristo e o cristão fiel, são
apresentados em termos simbólicos. Mas estes símbolos e todo o livro devem ser
interpretados de acordo com o propósito do livro e especialmente os problemas
que afrontavam a igreja do Senhor naquela época. Assim como podemos entender
melhor a carta aos Gálatas, por tomar em conta o problema dos judeus que
queriam misturar a lei com o evangelho, também podemos entender o livro do
Apocalipse melhor por tomar em conta os problemas apresentados pelo império
romano. Assim como podemos entender melhor a primeira carta do apóstolo João,
por tomar em conta a filosofia gnóstica que se estava introduzindo na igreja nos
fins do primeiro século, também podemos entender melhor a revelação dada a João
em Apocalipse por tomar em conta a adoração do imperador exigida por Domiciano
naqueles dias turbulentos.
LIÇÃO 6.
O TEMA: A VITÓRIA
DE CRISTO E DO CRISTÃO FIEL
I. O Apocalipse é
para VOCÊ:
A Se tem problemas econômicos.
B. Se padece por sua
fé em Cristo Jesus.
C. Se fica pensativo
perante a grande variedade de religiões que há no mundo.
D. Se duvida às
vezes de qual será o seu fim depois de lutar tanto para servir a Deus.
E. Se se pergunta
sobre a origem de todo o sofrimento e os outros problemas da vida.
F. Se se sente
atraído às vezes pelas delícias que o mundo oferece.
G. Se você necessita
de ânimo, fé e esperança.
H. Se você está
sendo seduzido por tentações carnais.
I. Se você se sente
cansado da luta.
II. O problema: A perseguição
pelo império romano.
III. A raiz: O culto ao
imperador.
IV. A dúvida: Quem é REI
SOBERANO?
V. A mensagem: Cristo e o
cristão fiel serão vitoriosos SOBRE:
A. A PERSEGUIÇÃO:
a
oposição física, moral e econômica contra o corpo do cristão. A BESTA.
LIÇÃO 07
B. As doutrinas
falsas: a
religião falsa que combate contra a mente e a vontade do cristão. O falso
profeta.
C. A mundanalidade:
a
sedução que milita contra o coração e a moralidade do cristão. A grande
prostituta.
D. Satanás, o
dragão: o
inimigo que usa estes três poderes para tratar de destruir a fé do cristão.
VI. A aplicação:
A. Anima-nos a
perseverar quando o desejo de seguir adiante se vence pelos problemas da vida.
B. Consola-nos
quando em meio das tribulações se turva o nosso coração porque nos assegura que
seremos vitoriosos no fim.
C. Repreende-nos
pelo pecado na nossa vida e pela tendência de nos conformarmos com ao mundo e
seu modo de viver.
D. Nos recorda do
nosso propósito principal na vida: glorificar a Deus na igreja do Senhor.
E. Revela-nos o amor
de Deus quando as circunstâncias da vida nos fazem duvidar d’Ele.
F. Fortalece a nossa
fé na providência e justiça de Deus conforme o Seu plano eterno.
G. Assegura-nos que
o plano de Deus nos tomou em conta.
H. Revela-nos a
natureza da vida celestial - uma vida perfeita e eterna.
I. Revela a vitória
de Cristo e do cristão fiel sobre todo o inimigo.
VII. O Reino
Vitorioso
A. Reinamos agora em
vitória (Apocalipse 1:6, 9).
B. Este reino inclui
também a “autoridade sobre as nações”.
LIÇÃO 8.
(Apocalipse
2:26,27).
C. O reino não é
vencido pela morte (Apocalipse 20:4).
D. É reino ETERNO
(Apocalipse 22:5).
A vitória de
Cristo e do cristão fiel.
Você tem
problemas econômicos? Padece por sua fé em Cristo Jesus?
Fica pensativo
perante a grande variedade de religiões? Dúvida às vezes de qual será o seu fim
depois de lutar tanto para servir a Deus? Se pergunta sobre a origem de todo o
sofrimento e os outros problemas da vida. Às vezes se sente atraído pelas
delícias que o mundo oferece? Se você necessita ânimo, fé, esperança; se você
está sendo seduzido pelas tentações da carne; se você se sente cansado nesta
luta, o livro do Apocalipse é para você.
Os recipientes
deste livro no primeiro século tinham estes mesmos problemas e outros mais. O
império romano, no qual viviam, os estava perseguindo os cristãos pela sua fé
em Jesus Cristo.
Além do conflito
moral que sempre há entre a igreja e o mundo, Roma empenhou uma luta econômica
e física contra os membros da igreja. Tinham que passar nervosos, esperando com
certo temor o próximo encontro com as autoridades romanas que foram organizadas
em perseguição perpétua contra os cristãos.
Discípulos de
Cristo serviram como tochas vivas nas mãos dos seus perseguidores cruéis e
fanáticos. Famílias inteiras foram devoradas pelas feras no coliseu. Os que não
foram decapitados se encontravam no cárcere. Era necessária muita coragem para
não negar a sua fé em Cristo. O espírito estava pronto, mas a carne era fraca.
E Roma não estava satisfeita com a morte de uns quantos cristãos. A sua meta
era desarreigá-los da face da terra como se fosse uma praga ou um inimigo
estrangeiro.
Tudo isto tinha
começado a raiz da insistência do imperador romano em se aproveitar da religião
oficial do império: o culto ao imperador.
Segundo a crença
desde o tempo do primeiro imperador e mesmo antes, este rei se considerava como
divino. Além de ser representante dos “deuses” ele mesmo chegou a ser um deus.
E como deus merecia o respeito e a adoração dos seus súbditos. E isto se
relacionava com a fidelidade ao império. Confessar que “César é Senhor” se
tornava como um voto de lealdade às leis do império.
LIÇÃO 9.
Aquele que
recusasse render este culto ao imperador era considerado como traidor, além de
enfurecer o próprio imperador Domiciano quando este queria receber a honra que
merecia como “deus”. Mas, para o cristão fiel tudo isto chegou a ser problema
grave. Muitos imperadores, na verdade a grande maioria, não tinha insistido neste
culto. Mas quando Domiciano chegou ao trono, tudo foi muito diferente. Estabeleceram-se
centros para o culto ao imperador em todo o império. Todos os súditos deveriam
se curvar e adorar a estátua do imperador Domiciano como um “deus” – ele se
autodeclarava um “deus”.
Isso levou a um
grande conflito entre os cristãos que não aceitavam se curvar a nenhum outro
“deus” senão o Deus Javé.
Cada ano todos os
cidadãos leais confessavam ao César como Senhor e lhe rendiam adoração como
“deus”. Mas o cristão tinha confessado que “Jesus é Senhor”. A sua salvação
eterna dependia da sua fidelidade àquela confissão. Negar a Cristo para agradar
a um mero homem era impensável. Mas, por outro lado, ao não fazê-lo, arriscava-se
a perder a vida e submeter a sua família a sérios problemas.
Além disso, outro
problema tinha que estar perturbando a mente do cristão. Ele tinha crido em
Jesus como o Rei. Tinha aprendido bem que a igreja, ou seja, o reino de Cristo
ia ser um reino eterno.
Tinha entendido que
os governadores da terra estão sob a autoridade de Cristo Jesus, o Rei dos reis
e Senhor de senhores. Sabia que Satanás tinha sido esmagado na morte e
ressurreição de Cristo.
Mas, agora tudo
isto estava sucedendo. Parecia que Satanás estava ganhando a vitória. Embora a
sua mente lhe recordasse a soberania de Cristo, os soldados romanos lhe recordavam
mais dramaticamente a “soberania” do imperador. Embora tivessem entendido o
profeta Daniel quando proclamou ao rei Nabucodonosor que o reino de Deus seria um
reino eterno, parecia que o império romano o ia destruir. Tudo tinha marchado
bem; os limites do Reino se haviam estendido a incluir todo o império romano,
mas agora? Seria o momento da derrota?
A fé, âncora da
alma, que se tinha cimentado no coração do crente começava a ser destruída pela
dúvida e a incerteza. A maior parte dos apóstolos já tinha morrido alguns às
mãos destes mesmos romanos. Seria isto o fim? No meio de tudo isto vem a
revelação: Cristo e o cristão fiel serão vitoriosos.
Isto mesmo é o
tema que em todo o livro do Apocalipse prevalece: “A Vitória de Cristo e do
Cristão Fiel”. Receberam uma mensagem diretamente de Deus. Agora podiam ver
todos estes problemas do ponto de vista do céu. Deus não ignorava a condição
dos seus servos, nem tinha se esquecido deles.
Tudo isto era
parte de um plano - um plano divino para a vitória de Cristo e do cristão fiel
e a derrota final de Satanás e todos os seus servos, incluindo o império romano
que naquela época era instrumento em suas mãos diabólicas. O Apocalipse revela
a vitória de Cristo e do cristão fiel sobre a perseguição, a religião falsa, a
mundanalidade, e o instigador de todos estes problemas: Satanás mesmo.
Assim, o propósito do livro é animar a igreja na sua luta contra as forças da
maldade, simbolizadas no livro pela “besta”, “o falso profeta”, “a
grande prostituta”, e “o dragão”.
LIÇÃO 10.
A mensagem do
Apocalipse nos anima a perseverar quando o desejo de seguir adiante se vence
pelos problemas da vida. Consola-nos, quando em meio das tribulações se turva o
nosso coração. Mas este consolo não é um consolo de simplesmente aceitar as
coisas tal como são, mas que, por fim, vem em forma de uma vitória segura.
Desta vitória nos assegura o livro do Apocalipse. E, ao mesmo tempo, o livro
nos repreende pelo pecado em nossa vida e pela tendência em nós, de nos
conformar ao mundo e seu modo de viver.
Recorda-nos do
nosso propósito principal na vida: glorificar a Deus na igreja do Senhor. Revela-nos
o amor de Deus quando as circunstâncias da vida nos fazem duvidar d’Ele. E
assim fortalece a nossa fé na providência e na justiça de Deus conforme o Seu
plano eterno. Às vezes nos parece que o plano de Deus não nos tomou em conta; O
livro do Apocalipse nos assegura que sim. Nós em Cristo reinamos e reinaremos
para sempre, diz o Apocalipse. E os maus e infiéis, todos os inimigos da
igreja, Satanás mesmo, serão destruídos.
Este livro revela
como e quando, e o Autor dessa destruição. E logo nos revela a natureza da vida
celestial, a vida do cristão fiel com o Cristo vitorioso, uma vida perfeita e
eterna. “A vitória de Cristo e do cristão fiel” é o tema do princípio ao
fim da Revelação.
A vida do cristão
fiel é uma vida vitoriosa. Cristo e o cristão reinam em vitória. É uma vida
real, agora, mesmo e na morte, e para sempre.
Em Apocalipse 1: 6,9
o livro revela que nós reinamos agora em vitória. O reino de Cristo aqui na
terra não é vindouro. Nós participamos nele agora no presente. Os cristãos que primeiramente
receberam a mensagem, já participavam nele; eram reis pois, o texto diz que
Cristo “nos fez reis e sacerdotes para Deus, Seu Pai; a Ele seja glória e
império pelos séculos dos séculos. Amem” (Ap 1:6).
E João disse:
“Eu João, vosso irmão e companheiro na aflição, e NO REINO e na paciência de
Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos por causa da Palavra de Deus e do
testemunho de Jesus Cristo” (Ap 1:9).
Assim, agora na
vida, o cristão reina; participa no reino de Cristo aqui na terra. Mas este
reino se estende mesmo à autoridade “sobre as nações” (Ap 2: 26,27), e
nem a morte mesma pode tirar-nos a nossa posição real. Um estudo sobre “O
Apocalipse.”
LIÇÃO 11.
No capítulo 20, o
Senhor revela que mesmo os cristãos que morreram na perseguição daqueles dias
chegaram a reinar em sua morte. Assim foi que “as almas dos decapitados por
causa do testemunho de Jesus e pela Palavra de Deus... viveram e reinaram com
Cristo mil anos” (Ap 20:4).
E logo, depois da
vinda do senhor e o juízo de todos os homens, os cristãos entrarão em sua
herança celestial e ali “reinarão pelos séculos dos séculos” (Ap 22:5). Esta
é uma mensagem do livro do Apocalipse: Cristão.
Você está reinando
com Cristo Jesus, embora a morte venha, reinará no meio dela, e finalmente
entrará na sua herança eterna onde reinará pelos séculos dos séculos. Graça e
glória ao nosso Deus pela vitória de
Cristo e do cristão fiel análise do Livro.
CAPÍTULO 1-3 A
igreja = a luz do mundo nas mãos do Cristo vitorioso.
CAPÍTULO 1
(1) A cadeia da
revelação.
(2) A mensagem:
sua fonte, destino e efeito.
(3) O eterno Deus
todo poderoso.
(4) A visão do
Filho do homem com as sete estrelas no meio dos sete candeeiros.
CAPÍTULO 2-3: AS
MENSAGENS ÀS IGREJAS DA ÁSIA.
(1) Éfeso: obras
sem amor.
(2) Esmirna: A
vitória sobre o sofrimento e a morte.
(3) Pérgamo: O
compromisso.
(4) Tiatira: A
tolerância dos falsos mestres.
(5) Sardo: Renome
das obras imperfeitas.
(6) Filadélfia:
Uma porta aberta.
(7) Laodiceia:
Materialismo e soberba.
CAPÍTULO 4:1 - 6:
11: O conflito com o mundo, mas sob o domínio de Deus Pai e do Cristo
vitorioso.
Um estudo sobre
“O Apocalipse”
1ª Lição. 12
CAPÍTULO 4:
O Trono de Deus
no Céu.
(1) Deus está no
trono.
(2) Deus criou
tudo.
(3) Deus é
soberano sobre tudo.
CAPÍTULO 5:
(1) O livro
selado.
(2) O Cordeiro /
Leão Digno.
CAPÍTULO 6:
CRISTO ABRE 6 SELOS.
(1) O livro
selado.
(2) O Cordeiro /
Leão Digno.
Capítulo 6:
CRISTO ABRE 6 SELOS.
(1) Cavaleiro e
cavalo branco: O Cristo Vitorioso.
(2) Cavaleiro e
cavalo vermelho: A perseguição.
(3) Cavaleiro e
cavalo negro: A perseguição econômica.
(4) Cavaleiro e
cavalo amarelo: A morte e o Hades.
(5) As almas dos
vencedores depois da morte sob o altar.
(6) Anúncio que o
dia da ira de Cristo chegou.
CAPÍTULO 6:12 -
11:19 O juízo temporal de Deus contra o mundo.
Dá-lhes oportunidade de se arrependerem.
A igreja é vitoriosa nestes juízos.
CAPÍTULO 7: Quem
poderá suster em pé? O Cristão!
(1) Os servos de
Deus na terra selados (144.000). *Número simbólico para indicar que todas as
nações que seguirem o Cristo serão contados como filhos de Deus e, portanto, dignos
eleitos.
(2) Os servos de
Deus diante do trono (a grande multidão).
CAPÍTULO 8 -9: 6
Trombetas do sétimo selo.
1ª Lição. 13
(1) O silêncio ao
abrir o sétimo selo.
(2) O anjo com o
incenso.
(3) 1ª Trombeta:
as colheitas.
(4) 2ª Trombeta:
o comércio marinho.
(5) 3ª Trombeta:
a água potável.
(6) 4ª Trombeta:
trevas.
(7) 5ª Trombeta /
1º Ai! - A obra satânica no mundo.
(8) 6ª Trombeta /
2ª Ai! - os exércitos estrangeiros.
CAPÍTULO 10:
(1) Os 07 trovões:
Não haverá mais advertência.
(2) O livrinho: Profetiza sobre muitos povos, nações, línguas e reis.
CAPÍTULO 11:
(1) A medida do
templo: a igreja será protegida.
(2) As duas
testemunhas: o evangelho triunfará.
(3) 7ª Trombeta /
3ª Ai! - A queda final da Roma pagã.
CAPÍTULO 12 - 13
O conflito com o mundo deve-se ao conflito entre os dois “reis”: Cristo
Vencedor e satanás, o vencido.
CAPÍTULO 12:
(1) O conflito na terra: Satanás é vencido.
A mulher = a Igreja, o povo de Deus.
O dragão infernal = Satanás
O filho varão = Nosso Senhor Jesus Cristo.
(2) O conflito no céu: Satanás
é vencido.
(3) O conflito renovado na terra: o povo de Deus protegido.
CAPÍTULO 13:
As forças da maldade utilizadas por Satanás contra o
cristão = o
inimigo.
1ª Lição. 14
(1) A besta do mar: o poder civil de Roma – perseguição do cristão.
(2) A besta da terra: A falsa religião de Roma.
CAPÍTULO 14: O
anúncio da vitória de Cristo e da igreja e o juízo final.
As forças da justiça = os aliados.
(1) Os 144.000 = a igreja triunfante na terra.
(2) A justiça de Deus triunfa (capítulos 15 - 16).
(3) A queda da Babilônia a grande (capítulos 17-18).
(4) O juízo dos adoradores do imperador (capítulos
19 - 20).
(5) Os santos mortos são felizes (capítulos 21 -
22).
(6) O juízo desde ponto de vista dos justos: o cumprimento do propósito de Deus para
eles. (7) O juízo desde o ponto de vista dos injustos: a destruição.
CAPÍTULO 15 - 20:
Satanás e seus servos serão vencidos.
CAPÍTULO 15: A ira de Deus contra Roma pagã, a prostituição e os
falsos deuses.
(1) Deus glorificado por Sua santidade e seus
juízos.
(2) Os 07 anjos receberam os 07 cálices cheios da
ira de Deus.
(3) Entrada no templo de Deus impossível pelo
momento.
CAPÍTULO 16: Os 07 cálices (salvas) da ira.
(1) Derramados
especialmente sobre os perseguidores da igreja:
Roma, o
imperador, os adoradores da besta: (16:2, 6, 9, 10, 1, 13, 14, 19, 21).
(2) 1ª salva: sobre
a terra
(3) 2ª salva: sobre
o mar.
Quem é a besta? A besta é o poder supressivo de
Roma sobre as testemunhas de Cristo. Representa todos os perseguidores da
Igreja ao longo dos tempos.
AS CALAMIDADES
(4) 3ª salva: sobre
as águas doces. NATURAIS
(5) 4ª salva: sobre
o sol (os céus).
1ª Lição. 15
(6) 5ª salva: sobre
o trono da besta.
(7) 6ª salva: sobre
o rio Eufrates = preparação para a batalha em Armagedon.
(8) 7ª salva: pelo
ar = Babilônia (Roma) destruída.
Porque os
cristãos primitivos chamavam a cidade de Roma de Babilônia?
Eles assim a
chamavam porque comparavam a idolatria, a religião do imperador (tido como um
deus) a prostituição, e toda espécie de imundície de pecado existente na Roma
pagã à antiga cidade Babilônia do Antigo Testamento que sofreu o castigo de
Deus e foi destruída com fogo.
CAPÍTULO 17:
(1) A descrição da grande prostituta, Babilônia a grande: significa o poder sedutivo de Roma.
(2) A explicação da besta do mar: o poder perseguidor de Roma. (3) A
explicação da grande prostituta: A
Roma pagã dos imperadores.
CAPÍTULO 18:
A queda da grande
rameira (Babilônia = Roma).
(1) A causa da
sua queda: a fornicação espiritual.
(2) Chamamento ao
povo de Deus para sair dela.
(3) Descrição de
seu juízo por soberba.
(4) Lamentação
por sua queda.
(a) Os reis: já
não poderão satisfazer a sua lascívia.
(b) Os mercadores:
já não poderão comerciar.
(c) Os pilotos:
já não haverá mercadoria para as suas naves.
(5) Queda
definitiva = total.
(6) 2 razões por
sua queda: enganou as nações e perseguiu os cristãos.
CAPÍTULO 19:
(1) Regozijo no
céu pela queda de Roma e a elevação do cristianismo.
(2) Regozijo no
céu porque se aproxima as bodas do Cordeiro.
(3) Armagedon cumprido.
CAPÍTULO 20:
(1) Satanás
atado.
(2) O reino dos
santos mortos.
(3) Satanás
lançado ao lago de fogo.
(4) O juízo
final.
(5) O destino
final de todos os que não foram redimidos: o lago de fogo.
1ª Lição. 16
CAPÍTULOS: 21-22:
CAPÍTULO 21:
(1) Comunhão
perfeita com Deus (a nova Jerusalém com Deus na nova terra).
(2) A descrição
da nova Jerusalém (o povo de deus):
Sua glória.
Sua defesa.
Seu tamanho
imenso.
Seu templo e luz:
Deus e Jesus Cristo.
Seus habitantes.
CAPÍTULO 22:
(1) Provisão
perfeita = o rio e a árvore.
(2) Serviço
perfeito a Deus.
(3) Reino
perfeito com Deus.
(4) O testemunho
do anjo: Estas palavras são fieis e verdadeiras.
(5) As palavras
de Jesus: Eu venho breve para recompensar. Anúncio da volta de Jesus
como juiz.
(6) O convite:
Vem.
(7) A advertência:
Não acrescentes nem tires.
(8) “Venho em
breve.” “Amém”.
Princípios de
Interpretação
I. É uma revelação
(1:1,3).
II. O seu Propósito
(1:1,3).
A. Manifestar algo à
igreja.
B. São coisas que
devem suceder pronto - breve.
III. É um livro de símbolos
(1:1) e interpretações (1:20).
IV. Seu uso do Antigo
Testamento.
V. Sua aplicação a
toda a época.
VI. Seu contexto:
A. No Apocalipse
B. Na Bíblia.
C. Na história.
1ª Lição. 17
Princípios
Revelados
O significado que
damos às visões do livro do Apocalipse dependerá, em grande maneira, da nossa
filosofia e o método de interpretação que apliquemos ao livro.
Há pelo menos
cinco métodos de interpretação que se tem aplicado ao Apocalipse e cada método
também tem as suas modificações resultando em muitas diferentes ideias acerca
da mensagem bíblica.
Mas nós não
estamos interessados em estudar os diferentes métodos de interpretação e
sistemas filosóficos que os homens aplicam a este livro.
Nós simplesmente
queremos deixar que a Bíblia mesmo interprete sua própria mensagem pois ela é o
seu melhor intérprete.
Assim perguntemos:
Que diz a Bíblia sobre os princípios de interpretação do livro do
Apocalipse?
Se aceitarmos os
princípios de interpretação que ela mesma nos apresenta, não poderemos
equivocar-nos. Mas se chegamos ao livro do Apocalipse com certos preconceitos e
nossos próprios métodos de interpretação, podemos perder por completo a
mensagem que Deus quer dar-nos neste maravilhoso livro.
Uma Revelação
O primeiro que
devemos ter em mente quando estudamos e também quando interpretamos o livro do
Apocalipse é que este livro de visões é uma Revelação. O
propósito do livro não é confundir nem esconder a sua mensagem mas sim Revelar
uma mensagem de suma importância para os cristãos do primeiro século, uma
mensagem do seu Deus a eles. O versículo 1 do livro declara: “A Revelação de Jesus Cristo,
que Deus lhe deu, para manifestar a Seus servos as coisas que devem suceder
breve; e a declarou, enviando-a
por meio do seu anjo a seu servo João.” (Ap 1:1).
Note que a
primeira declaração do livro o identifica com uma “Revelação”.
Jesus Cristo a
recebeu do Pai com o propósito específico de manifestar. Não ocultar mas
manifestar aos servos. Ele que outrora tinha dito: “Eis que estarei convosco todos
os dias até a consumação dos tempos” (Mt28, 20)
Sempre temos que
estar perguntando em cada visão: Qual foi a importância disto para a igreja nos
últimos anos do primeiro século?”
O que é que na
história daquele tempo corresponde a esta visão?”
O contexto
histórico, os problemas materiais e espirituais da igreja naquele tempo, a
ameaça do império romano, a perseguição direta que a igreja padeceu às suas
mãos, a esperança que necessitavam os cristãos um estudo sobre “O Apocalipse”
- atribulados; tudo isto deve ser considerado quando tratamos de
decidir o significado do livro.
Um exemplo que
estaremos considerando mais em detalhe quando estudamos o texto do livro,
bastará para que vejamos a aplicação deste princípio.
Que significado
teria para a igreja do primeiro século falar-lhe do Papa da Igreja Católica
Romana (supostamente simbolizado em “a besta” segundo muitos intérpretes
protestantes?. Pois, existia a Comunidade cristã de Roma, mas não existia a Igreja
Católica Romana institucionalizada. Ela teve o seu princípio aproximadamente
duzentos anos depois (aproximadamente no ano 311 depois de Cristo) com o
imperador Romano Constantino anistiando os cristãos e o imperador romano
Teodósio declarando o cristianismo a Religião oficial do Império Romano; o Papa
foi declarado infalível após ano 1870 depois de Cristo.
A resposta é que
não lhe poderia menos interessar.
Nem está de
acordo tal interpretação com a clara declaração: “coisas que devem suceder breve.”
Tal interpretação tem que deixar-se porque viola este princípio de
interpretação que a mesma Bíblia nos apresenta.
Os Símbolos:
O terceiro ponto
que notamos quanto aos princípios de interpretação que devemos aplicar ao livro
é que é um livro de símbolos.
A palavra
“declarou” no versículo 1, no grego, o idioma original em que foi escrito o
livro, vem da palavra “sinais” ou “símbolos”. Portanto, João recebeu esta
mensagem de Deus por meio de “sinais” ou “símbolos.” A revelação do
Senhor foi-lhe “assinalada”, ou seja, “simbolizada.”
Isto não quer
dizer que não há nada no livro. Temos, por exemplo, “a ilha chamada Patmos” em
Apocalipse 1:9 que é uma ilha literal onde João estava exilado. Mas o contexto
esclarece se se trata do literal ou do simbólico.
Símbolos
Interpretados Além
de ser um livro de símbolos, o Apocalipse é também um livro de interpretações.
Em Apocalipse
1:12,16 temos os símbolos dos sete castiçais e as sete estrelas.
Mas, em
Apocalipse 1:20 temos a interpretação inspirada destes símbolos já em palavras
literais: “O mistério das sete estrelas que viste na minha direita e dos
sete castiçais de ouro: as sete estrelas são os anjos das sete igrejas, e os sete
castiçais que viste, são as sete igrejas” (Apocalipse 1:20).
Muitos
intérpretes têm querido dar um significado simbólico “aos anjos” e “às sete igrejas.”
Mas estas palavras já não são simbólicas, mas, é a interpretação literal dos
símbolos “das sete estrelas” e “dos sete castiçais.” Um estudo sobre “O
Apocalipse”. Devemos entender que o Apocalipse nos apresenta: símbolos e
interpretações.
Quando o livro dá
a interpretação do símbolo, esta é autoritária e final. Por conseguinte, embora
a interpretação no contexto do livro seja final, há aplicação dos princípios
ensinados para todo o tempo. Por exemplo, se alguma visão representa uma falsa religião
no tempo do primeiro século, ela é o cumprimento da profecia, mas qualquer
religião moderna que seja falsa cairá sob a mesma condenação que aquela
representada no livro do Apocalipse: a destruição por Jesus Cristo.
Uso No Antigo
Testamento
Outro elemento
que deve ser considerado na interpretação é a sua base na história e as
profecias do Antigo Testamento. Em somente 404 versículos que compõem o livro,
há mais de 300 alusões ao Antigo Testamento, aplicado à mensagem do Apocalipse.
Resumo:
Em resumo temos
uma revelação em palavras simbólicas com o significado ou a interpretação
apresentada no mesmo texto às vezes, e entendido pela história do tempo em
outros casos e tomado do Antigo Testamento em outros. O seu cumprimento em
geral foi logo depois da revelação, ou seja, durante o tempo do primeiro
século. Para não nos equivocarmos, sempre há que tomar em conta o contexto: do livro do Apocalipse, da Bíblia, e da história daquele
tempo. Com estes princípios em mente, estamos preparados para começar o nosso
estudo do livro, visão por visão.
2ª LIÇÃO 1
Sobre o
Apocalipse, a Igreja: a luz do mundo nas mãos do Cristo Vitorioso. Apocalipse
1:1 - 3:22
I. A Introdução
(1:1-8).
A. O propósito
destas primeiras declarações é apresentar o tema e encher o cristão de confiança
em Deus.
B. A Revelação
(1:1-3).
1. Seu Caráter = É
uma Revelação. Apocalipse significa
revelação.
2. Seu autor é Jesus
Cristo.
3. Seu Propósito é:
“manifestar” ou demonstrar por símbolos; esamenen = simbolizar (veja 22:6).
4. Seu Tempo = “deve
suceder breve”. É praxe que sucedam logo. Compare 22:10 com Daniel 12:4,9.
Não pertence a
centos de anos no futuro principalmente. Se as coisas escritas no Apocalipse
não tivessem sucedido logo, a igreja do Senhor teria desaparecido da face da
terra.
5. Sua Recepção =
O dever é de Ouvir e Guardar a sua mensagem. Ao lê-lo se pode
entender.
6. Sua Leitura = Em
voz alta à igreja (compare Colossenses 4:16; I Tessalonicenses 5:27; I Timóteo 4:13).
7. Sua Promessa =
“o tempo está próximo”. Ajuda virá logo. Não quer dizer que todos os
detalhes do livro iam ser cumpridos imediatamente, mas começaram a suceder
imediatamente. A promessa principal do livro é que ia vir logo ajuda e que iam
ter a vitória no fim.
8. Sua Bênção = “Bem-aventurado”
(compara 14:13; 16:15; 19:9; 20:6; 22:7,14) para aqueles que ouvem e guardam
esta mensagem. Esta bênção se baseia em parte no fato de que o tempo do seu
cumprimento Já estava Próximo quando Jesus Cristo deu esta
revelação.
2ª LIÇÃO 2
C. A Saudação
(1:4-5a).
1. A saudação (1:4a):
Graça e paz. A essência da mensagem.
2. O destino (1:4a):
Às 7 igrejas que estão na Ásia. Isto nos ensina muito sobre o conteúdo
desta revelação. Tem que ver com as necessidades prementes das sete igrejas na Ásia.
3. A fonte (1:4b,
5a): A Divindade Eterna.
a. O Pai eterno (“o
que é e o que era e que há de vir”).
(1) Compare Êxodo
3:14.
(2) Assinala a
Sua existência eterna e independente.
(3) Provoca confiança.
Ele é confiável porque é eterno.
b. O Espírito Santo (“os
sete espíritos que estão diante do Seu trono”).
(1) O número 7
significa Santidade e o Completo. Veja o estudo sobre o número 7
no Apêndice I deste curso.
(2) Há somente 1
Espírito segundo Efésios 4:4. Mas neste livro simbólico o Espírito Santo.
Representa-se com
o número que simboliza o completo e o santo: 7. Veja também Apocalipse
4:5. Compare Zacarias 3:9; 4:2-10.
c. Jesus Cristo.
(1) “a
testemunha fiel”.
Roma diz que
vocês são maus e que terão que morrer. Jesus Cristo dá testemunho fiel.
Ele diz que são
santos de Deus e que viverão.
Leia também: João
18:37; 8:14; Mateus 10: 31, 32; Apocalipse 3:14; 19:11; I e Tim.6:13.
(2) “O primogênito
dos mortos”. Seu reino e Seu poder se estendem mesmo à morte.
Muitos deles iam
morrer por sua fé, mas podiam ter a confiança que Cristo reina mesmo na morte.
2ª LIÇÃO 3
(3) “o
soberano dos reis da terra”. César não o é mas Cristo e o cristão JÁ o
é. Estude com cuidado:
Sal 2:7-12; 89:27; 110:1-6;
Atos 2:34,35; Heb 7:17; Apo.17:14;19:16; 1 Tm 6:15;
João 16:32.
Diagrama Sobre o
Reino de Cristo
Salmos 2:2 Salmos 2:6 Salmos 2:7
Ungido *** Rei
*** Filho *** A Força Reina Voluntariamente.
Sl 2:9; 110:2 Salmos 45:6 Sl 110:3; Heb 1:8,9 - Com vara de ferro
Com cetro de justiça sobre os Seus inimigos Sobre o Seu povo nas nações. Sua
nação santa.
Toda a Potestade
agora explicação do Diagrama sobre o Reino de Cristo.
Primeiramente o
que deve fazer é ler com cuidado os textos que correspondem a esta explicação:
Salmos 2; 110:1-6; 45:6; Hebreus 1:8,9; Mateus 28:18.
Há dois aspectos
muito importantes do reino do Ungido Filho de Deus, o Cristo. O primeiro é o
Seu reinado sobre o Seu próprio povo, o reino dos céus. A igreja de Cristo
sobre a qual Ele é Rei e Cabeça Única (Colossenses 1:18). Ele reina sobre o Seu
povo com o cetro de justiça, pois eles se submetem voluntariamente sob a
autoridade do Rei e como consequência recebem a Sua bênção e até compartilham
no Seu reino (Apocalipse 1:6; 3:21).
2ª LIÇÃO 4
Mas há outro
sentido em que Cristo reina sobre todas as gentes e todas as nações. As bênçãos
do Seu reinado são unicamente para os que se submetem a Ele voluntariamente,
mas não devemos pensar em nenhum momento que o Seu poder como Rei seja limitado
à igreja. As maiores partes das teorias acerca do reino de Deus supõe-se que o
poder e o reino de Cristo sejam limitados agora, mas, que no futuro será um
reino universal e sem limites. Mas a grande verdade apresentada na frase sob consideração
(“o soberano dos reis da terra”) insiste que todos os reinos da terra
estão sob o Seu domínio já!
É certo que não se
submetem voluntariamente nem o farão nunca, mas sim, estão sujeitos. É certo
que não cumprem as leis do Seu reino mas, sim, são servos em Suas mãos para
cumprir com os Seus propósitos, embora não o saibam nem queiram fazê-lo. É
certo que não recebem a Sua bênção, mas a Sua condenação por não lhe obedecer
voluntariamente. Em vez de cetro de equidade faz uso da vara de ferro (a força)
para governar as nações.
Cristo tem (tempo
presente) toda (completa) potestade ou poder Agora. “Toda potestade me é
dada no céu e na Terra” (Mt 28:18). É a natureza espiritual e invisível
desta potestade que não permite que os homens carnais reconheçam que Cristo
reina sobre toda a terra já, agora (veja II Reis 6:8-23 especialmente
versículos 17,17).
Por conseguinte a
mensagem para os cristãos que estavam sendo perseguidos e ameaçados com a
erradicação pelo rei de Roma (o imperador) era que o rei dos cristãos era
também Chefe Supremo sobre o imperador. Veja os seguintes textos para estudar
este tema em mais detalhe:
Dan 2:20,21;
4:17,25b; Is 10:5-7; 13:50,51; Jr 51:1,2,11,20-23; Ez 14:21; Hab1:5-11; Am 3:6;
Gên 15:15; Mt 24; Jo 19:10,11; Rm 13:1-7; Ap 19:11- 16.
Devemos entender
também por meio destes e outros textos que o reino e as atividades de Deus
entre as nações é algo tão antigo como as nações mesmas. Deus tem agora, já,
domínio no reino dos homens e o dá a quem Ele quer (Dn 4:24-26). Através dos
séculos Deus manifestou este poder como soberano dos reis da terra em várias
maneiras.
Assíria e a sua
capital - Nínive serve como exemplo claro deste ponto e do fato que as nações
têm que responder a Seu Rei Divino para evitar a destruição.
Uns 800 anos antes
de Cristo, Deus advertiu a população da cidade Nínive da sua destruição por
seus pecados (Jonas 3:1-4). Quando o povo se arrependeu, Deus o salvou (Jonas 3:10;
4:11).
Uns 75 anos
depois, no ano 725 antes de Cristo, o rei da Assíria serviu como vara na mão de
Jeová para castigar os israelitas por sua rebeldia (Isaías 10:5-7; 7:17). Mas
dentro de um século a mesma nação da Assíria foi derribada por Deus por sua
altivez de espírito e crueldade (Isaías 10:24,25; Naum 1:1-8; 2:13; 3:1-19). Nínive
caiu no ano 612 antes de Cristo conforme a promessa do Senhor.
2ª LIÇÃO 04
Assim, devemos
entender muito bem que o Reino Universal do Ungido de Deus não quer dizer que
não haja oposição à Sua vontade nem que haja paz em toda a terra. Enquanto este
mundo existir e Cristo reine haverá inimigos e oposição. É quando todo o
inimigo for sujeito e posto por estrado dos Seus pés que virá o fim e Cristo
devolverá o reino ao Pai (Salmos 110:1; At 2:33-36; I Coríntios 15:24-28).
D. Glória A
Cristo Por Seu Amor (1:5b-6).
1. O amor de Cristo
é tão maravilhoso que nos deve animar a servi-lo com diligência, dar glória a
Seu nome e suportar toda a prova (Jo 3:16; Romanos 5:5-10; 8:32-39).
2. A frase: “nos
amou” assinala um ato cumprido.
Não pode haver
dúvida que se refere a Seu sacrifício por nós.
Este sacrifício é
a manifestação irrefutável do amor incomparável de Cristo (1:5).
3. O amor de Cristo
também serve como base para outro evento em nossas vidas: “nos lavou dos
nossos pecados com o Seu sangue” (1:5; compare 14:15; Efésios 5:25-27: At
22:16).
4. Outras
manifestações do amor de Cristo pelo qual O devemos louvar e que nos enche de
ânimo, é que “nos fez reis e sacerdotes para Deus, Seu Pai” (1:6).
a. Nada pode mudar a
nossa posição na família Real.
Vivemos e
morremos como reis com Cristo.
b. Somos sacerdotes.
Portanto, podemos aproximar-nos a Deus e servi-lo (Ef 2:18).
c. Um Sacerdócio
Real (1Pd 2:4,5,9,10; Êx 19:6;
Is 61:6; Zc 6:9-15).
d. REINAMOS AGORA
(veja
também Apocalipse 5:10).
E. Cristo Vem: Confiança Para O Cristão (1:7).
1. Vem “com as nuvens”
é a descrição comum da vinda do Senhor em Juízo contra os Seus
inimigos.
a. Contra o Egito
(Is 19:1: Ez 30:3; 32:7).
b. Contra Israel (Ez
34:12).
2ª lição. 6
c. Contra Jerusalém
(Mt 24:24-30; Marcos 13:24-30).
d. Contra Roma (Dan
7:11-14).
e. O juízo final (At
1:9; I Tessalonicenses 4:17).
2. Esta vinda ia
suceder “Breve (Ap 2:16; 3:11; 22:7,12,20).
3. Visto por “os
que O transpassaram” = os romanos (Jo 19:37; Zac 12:10-12; Lc 23:28).
4. “Todo o olho o
verá” (compare
a destruição de Jerusalém - Mt 24:27).
5. Todos “farão
lamentação por ele” (compare Apocalipse 18:9; Mt 24:30).
6. No contexto deste
livro me parece que este texto tem referência à vinda de Cristo para julgar os
inimigos da igreja e vingar o Seu sangue e o sangue dos Seus santos. Não
obstante, definitivamente há Aplicação à segunda vinda de Cristo e o
juízo final (II Tessalonicenses 1:5-10).
F. A Confiança
Divina: Confiança Para o Cristão (1:8).
1. “Eu sou o alfa
e o Omega.”
a. Estas são a
primeira e a última letra no alfabeto grego.
Corresponde a “a”
e a “z”.
b. É sinônimo de ser
“o princípio e o fim”
c. É o completo de
princípio ao fim.
d. Cristo principia
tudo e terminará tudo. Compare Heb 12:2.
2. Cristo é “o
que é e que era e que há de vir”.
a. Ele é o Eterno.
b. Ele é antes, no
meio de, e depois dos nossos problemas (veja 1:4; Êx 3:14; Jo 10:30).
3. Cristo é “o
Todo Poderoso”.
a. Este era o título
usado pelo imperador romano naquele tempo também.
b. Mas na realidade Jesus
Cristo tem domínio sobre tudo.
c. Esta descrição
concorda com outros textos no Novo Testamento que ensinam que em Jesus Cristo encontramos
todos
os atributos e todo o poder de Deus (Cl 2:9; João 5:19-21).
2ª LIÇÃO 7
A VISÃO DO FILHO
DO HOMEM COM AS 7 ESTRELAS EM MEIO DOS 7 CASTIÇAIS (1:9-20)
A) O propósito: Animar os cristãos atribulados por
mostrar que estão nas mãos do Cristo Vitorioso.
B) As Circunstâncias De João (1:9,10).
1. João se
identifica como “vosso irmão” (1:9) membro da família de Deus. É
interessante que João não se identifica como apóstolo nem ancião, mas
simplesmente como “irmão” deles. É evidente que o seu propósito é identificar-se
com eles ao máximo.
2. João era “companheiro
vosso na tribulação”. (1:9).
a. O tempo da Grande
Tribulação já estava presente quando João escreveu esta mensagem ali em Patmos
(leia 2:9,10,22; 6:9; 7;14; 12:17; 20:4).
b. A tribulação
incluía estar em Patmos por ter pregado o evangelho.
c. Patmos é uma ilha
pedregosa, uns 110 quilômetros a sudoeste de Éfeso uns 65 quilômetros da costa
da Ásia Menor. Mede 16 quilômetros de largo por 10 quilômetros no ponto mais
largo.
d. “Tribulação” =
thlipsis
no grego = Pressão.
(1) A “pressão”
sobre as uvas quando são pisadas no lagar.
(2) A “pressão”
sobre o grão debaixo da pedra do moinho.
(3) Não é para destruir
mas resulta em algo mais benéfico (Jo 16:33; At 14:22).
e. A palavra “companheiro”
o identifica como um que estava nas mesmas condições que os cristãos em Ásia
que receberam esta mensagem de Cristo por meio do que João viu e escreveu.
3. João era “companheiro”
deles “no reino de Jesus Cristo”. (1:9).
a. Eram súbditos de
Cristo, não de César.
b. É evidente que o
reino de Cristo já estava em existência. João não podia ter sido companheiro num
reino que não estava em existência todavia (compare, Col 1: 13,14)
c. Novamente a
palavra “companheiro” assinala que os cristãos em Ásia tinham o mesmo
privilégio e a Um estudo sobre “O Apocalipse” mesma segurança no reino
de Cristo que o apóstolo João.
2ª LIÇÃO 8
4. João suportava a
tribulação porque era “companheiro” na “paciência de Jesus Cristo” (1:9).
a. A “paciência” é
a capacidade de suportar a pressão; é resistência.
b. Esta paciência é
a “de Jesus Cristo” ou literalmente do grego, a que está “EM” Jesus
Cristo. Depende de Jesus e se baseia na fé ou a confiança que temos em Cristo.
A paciência é a que ajudou a Jesus Cristo em Suas provas, especialmente a
enfrentar a morte pelos nossos pecados (Hebreus
12:1,2).
c. A paciência no
meio da tribulação é a que produz a perfeição espiritual. Esta é a reação
devida às provas que temos que enfrentar nesta vida (provas grandes como a que
eles enfrentaram e provas relativamente pequenas).
Leia Apocalipse 2:2,3,19; 3:10; 13:10; 14:12; Lucas 21:19;
Romanos 5:3; 12:12; Atos 24:22; Tiago 1:4.
5. João “estava
em espírito” quando viu as visões que encontramos no Apocalipse 1:10.
a. Esta frase parece
descrever a exaltação do profeta sob a inspiração do Espírito Santo. Parece ser
certa classe de “êxtase”. Compare At
22:17; 10:10,11; 11:5; 2Cr 12:1-4; Ez 3:12,14; 11:24; 18:3; 37:1; 43:5.
b. “Estava” não é da palavra
que assinala a condição normal do cristão sob a influência do Espírito Santo (einai no grego). É de ginomai que significa “chegar a estar”.
Era uma condição
especial fora do normal para João. Normalmente João estava sob a influência do
Espírito Santo, sendo guiado por Ele como todo o cristão fiel. Mas nesta
ocasião João chegou a estar “no Espírito” neste sentido especial para
receber a visão que se lhe apresentou.
6. Isto sucedeu a
João “no dia di Senhor” (1:10).
a. O “sábado” nunca se identifica como “o dia do Senhor”.
O sábado sempre é
“o dia de repouso”, não “o dia do Senhor”. O dia santo consagrado ao
Senhor é o Domingo.
b. “O dia do
Senhor” parece
ser o Primeiro dia da semana. Este é o dia no qual o Senhor ressuscitou (Lc
24:1, 13,21,46).
Também neste dia
a igreja se reunia. (1Cr 16:1,2; At 20:7).
2ª LIÇÃO 9
Além disso, o Espírito
Santo veio no primeiro dia da semana e a igreja do Senhor começou neste mesmo
dia (Pentecostes sempre calhou no primeiro dia da semana. Inácio (30-107 D.C); Clemente
(153- 217 D.C.); Tertuliano (145 -220 D.C.). É óbvio do que estes homens escreveram
que a igreja nas primeiras gerações, depois da escrita do Apocalipse, consideravam
o domingo como “o dia do Senhor”.
C. A Voz
(1:10,11). 1. É
a voz de Cristo porque Ele é “o Alfa e o Ómega, o princípio e o último” segundo
Apocalipse 1:8.
2. Não ouviu uma
trombeta, mas a voz era “Como de
trombeta” - forte, chamativa, clara.
3. Seu propósito era
enviar uma mensagem às igrejas do Senhor na região da Ásia.
a. Para conseguir
este fim, João tinha que escrever um livro.
b. Não se trata de
igrejas simbólicas mas literalmente de sete igrejas de Deus na região da Ásia.
c. Estas igrejas não
são sete seitas diferentes mas são A mesma igreja do Senhor - o reino de
Cristo.
d. As sete igrejas
se mencionam em ordem geográfica (a rota normal para levar uma carta a circular
de Patmos a todas elas).
D. O Cristo
Vitorioso - O Mensageiro Divino em Meio Das Igrejas (1:12-18).
1. Estas frases
descritivas encontram a sua base no Antigo Testamento.
2. Recorde que Já
sabemos que esta pessoa é Jesus Cristo porque se identificou com “o Alfa
e o Omega, o primeiro e o último” (1:11; compare 1:8).
3. João viu a “um
semelhante ao Filho do Homem”
(1:13). a. Literalmente
no grego: um semelhante a um Filho de Homem = um com a aparência de um ser
humano.
Ou seja, Jesus como Deus
não morre é a segunda pessoa da Trindade, o Filho Unigênito de Deus; está vivo (Ressuscitado),
seu corpo humano agora glorioso conserva as mesmas aparências humanas, porém
com status glorioso corpo, sangue, alma e divindade. E isso foi manifestado ao
seu discípulo amado, João.
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